Image Map

13 de mar. de 2014

2° Temporada: Tarde Demais Pra Esquecer - 4° Capítulo

|
Já havia algum tempo que Arthur tinha chegado na praia. Andava pela areia com a calça dobrada até um pouco abaixo do joelho e com o casaco e o par de tênis na mão direita. Olhava a vista da praia e realmente aquele lugar era muito bonito e relaxante. Estava um pouco nublado, assim um vento gostoso batia em seu rosto o fazendo sentir uma sensação de prazer... caminhava com um sorriso no rosto enquanto admirava aquele lugar, que apesar de ser uma praia, era diferente das do Brasil... era calma, relaxante e ventava muito. Caminhava com um sorriso no rosto enquanto escutava algumas vozes e risadas de outras pessoas a sua volta. A praia não estava muito lotada, havia alguns casais caminhando de mão dada,alguns pais com seus filhos brincando na areia, pouco grupos de amigos nos quiosques e só. Ouviu uma gargalhada sonora e gostosa e virou o rosto para ver da onde vinha... viu um rapaz moreno,aparentava ter sua idade, correndo atrás de sua namorada que devia ser apenas alguns anos mais nova. Era nítida a paixão e a felicidade deles. O moreno corria atrás da amada, enquanto a mesma fugia dele e as vezes olhava para trás o encarando, os dois sorriam alto e não fazendo a minima questão de disfarçar o quanto felizes estavam. Arthur deixou escapar um sorriso admirando a cena e de certa forma sentia um pouco de inveja do moreno. Queria ser feliz com uma mulher assim como ele. Já tinha um trabalho fixo, sua própria casa, um carro conversível e era rico. Tudo que a maioria dos homens sonham em ter, mas para ele, essa vida que todo mundo julgava ser perfeita, faltava algo, faltava um amor, faltava uma mulher, faltava ela. Negou com a cabeça, parando de observar o casal e continuando a dar pesados passos na areia. E era sempre assim que concluía seus pensamentos, com Lua presente neles e isso já era involuntário.


Não muito longe dali, Lua estava sentada na areia, observando o mar calmo e sereno, o barulho das ondas, a voz das pessoas, o vento em seu rosto... como amava ficar a tarde ali. Se sentia tão bem naquela praia, era o lugar preferido dela em Barcelona. Parecia que os problemas não existiam, que a única coisa que tinha no mundo era ela, o mar, o céu e dependendo da hora do dia, o brilho das estrelas ou o brilho do sol. E foi que pensando nesse lugar, se lembrou em outro local que lhe deixava leve e feliz assim... a casinha da arvore. Involuntariamente, um sorriso bobo abriu em seu rosto por pensar naquele lugar. Eram tantas lembranças, tantos sentimentos, tantas emoções que tinha vivido lá que eram inesquecíveis. E foi ai que a imagem de Arthur veio em sua cabeça , aquele homem que ela sentia por ele uma droga de amor , que a viciava cada dia, a consumia cada dia e que... Por Deus, quando ia esquece-lo de vez? Tudo bem que não chorava mais por ele as noites, não ficava olhando a foto dele que tinha imprimido todo dia antes dormir e nem lamentando mais pela distancia, os dois anos que passou assim, já bastaram. Tinha aprendido a viver com a ausência dele, mas era difícil ensinar a seu coração a não bombear aceleradamente ao pensar nele, ato que corria com frequência mesmo que lutasse contra. Cerrou os olhos com força, decidida a parar de pensar nele. Estava na praia para relaxar em seu único dia de folga e não para fazer lamentações de seu passado.


Lua olhava para tudo em sua volta, tentando deixar de pensar em Arthur. Por que não podia mandar em seu coração e em seus pensamentos? Pensou com raiva de si própria. Suspirou derrotada e passou a mão pela cabeça. Não adiantava lutar, afinal, foram seis anos beijando outras bocas, saindo com outros homens e tudo pra que? Para absolutamente nada... não conseguia esquecer Arthur, parecia até coisa de filme ou algo parecido, mas afinal, aquele amor que sentia por ele era coisa de cinema mesmo. Soltou um grito de desabafo e depois fechou os olhos, apoiando o braço na areia e jogando a cabeça para trás , mirando o céu nublado . E decidida a não lutar contra seus pensamentos, já que já sabia que sempre perdia, Arthur voltou de novo em sua mente. A loira não conseguia imaginar como ele devia estar. Mas um coisa tinha certeza, devia estar lindo, elegante e cheio de mulheres como sempre. Arthur nascera galinha e morreria galinha, pelo menos era o que ela achava. Suspirou, abrindo os olhos e olhando novamente o céu. Pensou nos momentos em que viveu com ele, dos choros, das conversas, dos sorrisos, dos abraços, dos beijos, do amor e do dia que eles cantaram juntos. De todas as coisas que tinham passado, uma das que mais tinha lhe marcado era a musica que Arthur tinha feito para ela e que eles tinham cantando no concurso, talvez por ela adorar compôr musicas e ser admiradora de bonitas palavras, habito que nunca tinha abandonado. Lembrou do ritmo da música, mas se esqueceu de como começava... comprimiu os olhos para tentar lembrar o inicio da letra, mas só o que veio em sua mente foi o refrão. Ela abriu os olhos, voltando a admirar o céu e começou a cantar distraída.


Lua: So take a look at me now, cause there`s just an empty space and there`s nothin left here to remind me just the memory of your face.Take a look at me now cuz there`s just an empty space, and you comin back to me is against all odds and that`s what I`ve gotta face.
[Então olhe pra mim agora, há apenas um espaço vazio e não há nada deixado aqui para me lembrar, apenas a lembrança do seu rosto. Olhe pra mim agora, há apenas um espaço vazio e você voltar pra mim é contra todas as provabilidades e é isso que eu tenho que encarar]

Mas Lua quando foi cantar a segunda parte, simplesmente não conseguiu continuar, sentiu seu corpo congelar e seu coração parar por alguns segundos ao escutar uma voz que ela tanto conhecia soar atras dela...
...I wish I could just make you turn around , turn around and see me cry. There`s so much I need to say to you, so many reasons why you`re the only one who really knew me at all.
[Eu queria que você apenas virasse, se virasse e me visse chorar, há tantas coisas que quero te dizer, há tantas razões porque você é a única pessoa que realmente me conheceu por completo]


Lua fechou os olhos, respirando fundo, tentando buscar o ar que na hora lhe faltava. Não podia acreditar que a voz da pessoa que estava atrás dela, era dele. Arthur não podia estar em Barcelona, Arthur não podia estar na mesma praia que ela e Arthur definitivamente não podia estar ali... era impossível, uma ilusão apenas. Virou um pouco rosto, para tentar ver a pessoa que estava ali. Conseguiu ver apenas um tênis branco e o inicio da perna coberta pela calça jeans. Suspirou , sentindo mariposas voarem em seu estomago, cada minuto tinha mais chances de ser ele. Fechou os olhos de novo e sugou todo o ar possível , para que não perdesse o folego quando virasse de vez . Tomou coragem, deixando o medo de lado e ainda sentada foi virando o corpo, de olhos fechados, tendo medo de uma decepção se descobrisse que era outra pessoa... mas sabia que era quase impossível, pois a voz de Arthur era simplesmente inesquecível. Virou todo o corpo e abriu os olhos, avistando o tênis branco novamente e foi subindo o olhar... pela calça jeans, a blusa regata branca que marcava os músculos ainda mais definidos, e deixava a mostra o braço musculoso que o mesmo tinha, foi subindo mais o olhar e até deparou com o rosto do mesmo. Primeiro viu o queixo bem modelado, depois a boca, pequena e rosinha que ela tanto desejava, o nariz perfeitinho e por fim, encontrou-se com seus olhos. Nessa hora, nem todas as palavras do mundo conseguiriam exprimir o que sentiam. Havia um mesclo de sentimentos da saudade, do carinho, da paixão, e do mais belo de todos... o amor. A loira fechou os olhos, três vezes seguidas, para ter certeza que quem estava ali era realmente Arthur e se não era apenas fantasia de sua cabeça. O moreno lhe sorriu e aquele sorriso já tinha sido demais, não bastava reencontra-lo e ele ainda tinha que abrir aquele sorriso, sempre sedutor...

Tentou responder o sorriso, mas não conseguia nem respirar direito quanto mais mover algum músculo de seu rosto. Observou ele estendo a mão, como se a convidasse para levantar. Ela engoliu a saliva, percebendo a boca seca e encostou sua mão, trêmula na dele. Questão de segundos, sentiu ele lhe puxando e a colocando em pé. Aquilo estava sendo demais, cada gesto... ela estava a ponto de desmaiar ali mesmo. Já em pé Lua sentiu a mirada do loiro sobre ela, e não conseguiu o olhar, estava com vergonha, estava emocionada e sabia se o olhasse de novo ia acabar não conseguindo segurar as lagrimas. Mas foi inevitável quando sentiu, depois de anos, a mão grossa e ao mesmo tempo suave de Arthur segurando seu queixo e levantando seu rosto, para que o olhasse. Lua mordeu o lábio inferior, nervosa, mas agora perdida no olhar de Arthur. O moreno, abriu um singelo sorriso e delicadamente, começou a passar a mão pelo rosto da loira... queixo, bochechas, sobrancelhas, pálpebras e pela boca. Não conseguia nem acreditar, a imagem era mesmo real e depois de seis anos, sua Lua estava ali. Deixou de observar os lábios delicados da mesma e subiu para o olhar dela. Viu como os olhos de Lua estavam brilhantes, e uma grande parte desse brilho, devido as lagrimas que estavam sendo contidas ali. Sorriu emocionado, sentindo seus olhos se embargarem , ao ver aquela cena... Passou a mão pelo rosto da loira de novo, mas desta vez, acariciando delicadamente a maçã do rosto da mesma.

Thur: Lua...

Sussurrou, fazendo ela cerra os olhos e apenas conseguir responder, com a voz fraca e falhada.

Lua: Arthur...

Os dois voltaram a se encarar e sentindo que as mais belas palavras de amor que poderiam dizer naquele momento, estavam sendo expressas apenas com o brilho e a troca de olhar. Arthur até tentou pronunciar alguma palavra, mas fora uma tentativa fracassada. Ele fechou a boca e suspirou sabendo que aquele momento não exigia palavra e sim gestos que demonstrariam tudo que sentiam. Assim, tomou a inciativa, passando o braço pela cintura da mesma e a trazendo para si, envolvendo os dois em um abraço. Sentiram uma calmaria e uma felicidade que a muito tempo apagada, reacender. Depois de algum tempo, se separaram do abraço, encostaram suas testas e abriram um sorriso. Arthur e Lua subiram o olhar, fazendo as miradas se encontrarem. A troca de olhares entre ambos se tornou intensa e os dois puderam ver atrás da iris de cada um brilho que surgia ali, que há muito tempo tinha se apagado. Depois de tanto tempo de lagrimas derramadas, sonhos nostálgicos, pensamentos melancólicos, rotina pesada, sorrisos falsos e forçados, alegria superficial... a felicidade tinha voltado, o reencontro era como se depois de tantas nuvens escuras no céu, abrisse o sol, chegasse a luz, a luz que ia voltar a iluminar a vida de cada um, a luz que ia trazer de volta a paz e a vontade de viver para aqueles dois apaixonados. Não precisou de palavras para entenderem que eles estavam bastante emocionados, não precisou de explicações para saberem que a saudade foi cruel com o coração de ambos e não precisou de nenhuma palavra, apenas olhares e gestos, para por fim, entenderem que o sentimento escondido e reprimido por seis anos, apesar de tudo , ainda existia.


Leitores, peço mil desculpas pelo tempo que não postei, estou indo dormir mais de onze horas fazendo trabalhos e tarefas, não to conseguindo conciliar muito como blog. Vou tentar ao máximo melhorar isso, desculpas novamente.

3 comentários :

  1. Ahhhhhhhh que lindo :'D Amei ♥ *--------*

    ResponderExcluir
  2. AAAAH NATH! CAPÍTULOO PERFEITOOOOOOOOO! N ACREDITO Q ELES SE REENCONTRARAM! Agora eu qro um começo de história de conto de fadas!! Hahahaha eu to viajando na maionese. postaa mais ummm! Agr eu qro ver oq a maria vai dizer,ela tem q deixar o passado pra traz e ser feliz,afinal ela n pode morrer sem o homem da sua vida ao seu lado... by: duda

    ResponderExcluir

*Nada de comentários do tipo "FIRST", indicando que você foi o primeiro a comentar. Isso é ridículo e não acrescenta nada à blogosfera.
*Críticas também são bem-vindas, mas tenha educação ao escrever.
*Só faça comentários a respeito do tema.
*Se quiser fazer propaganda, entre em contato pela c-box.
*Não envie comentários repetidos.
*Não agrida a equipe, por favor.

Agora é só comentar..

Design por: Deborah Sophia - Adapta��o do c�digo por: Bruna Oliveira - C�digo base por: Luiz Felipe