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23 de fev. de 2014

Tarde Demais Pra Esquecer (Adaptada) - Capitulo 151°

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No dia seguinte Lua acordou incomodada com a claridade em seu rosto, que invadia a casinha da árvore pela janela. Esfregou os olhos, abrindo lentamente os mesmos, sentindo suas costas doerem um pouco por ter dormido em um chão desconfortável. Sentiu sua cabeça subindo e descendo em um movimento devagar e foi quando se deu conta que estava deitada em cima do tórax de Arthur. 

Sentou-se na cama assustada, olhando ao seu redor. Percebeu que estava despida e... sem mesmo que pudesse pensar em qualquer outra coisa a mais, os flashs da noite anterior veio em imediato na sua cabeça, sem se dar conta, deixou um sorriso escapar e voltou o olhar para Arthur, tal que dormia em um sono tão profundo e tão tranquilo que ela ficou maravilhada. O corpo escultural do mesmo despido, apenas com o lençol enrolando na cintura... aquela era a visão do paraíso, ou, do inferno, para ela daria no mesmo. 

Deitou de novo e ficou acariciando o rosto do mesmo enquanto o observava. Primeiro passou a mão lentamente na testa de Arthur, depois desceu para as pálpebras, o nariz, as bochechas, a boca, o queixo. A intensão daquele gesto era uma tentativa de memorizar cada detalhe imperceptível, cada perfeição e imperfeição daquele rosto, mesmo que imperfeição fosse algo difícil de achar. Sentiu seus olhos encherem de lágrimas por saber que aquela visão privilegiada ia ser pela ultima vez, e que Arthur, o grande amor da sua vida, amanhã ia ser só um passado. Uma lagrima teimosa saiu de seus olhos, escorrendo pela sua face e deslizou até o rosto do moreno, caindo em cima da pálpebra do mesmo. Thur apertou os olhos e os abriu na mesma hora. Olhou para Lua ainda acordando e a loira limpou rapidamente os olhos para depois abrir um sorriso para Arthur. Ela afastou um pouco o corpo, para dar espaço para ele e disse abrindo um sorriso carinhoso.

Lua: Bom dia!


Thur esfregou os olhos seguido de um bocejo, voltou o olhar para a loira e sorriu lembrando de cenas da noite passada. A puxou para deitar com ele e prendeu a mesma entre seus braços.

Thur: Bom dia *sorriu, dando um rápido selinho na loira* Como é bom acordar e ver seu rosto.
Lua: Espero que não tenha levado um susto, eu sempre acordo pior do que não sei o que. * brincou, sorrindo*
Thur: Impossível, simplesmente impossível! *falou, dando um beijo em um dos olhos de Lua* Depois de ontem tive a confirmação... você é perfeita!
Lua: Nossa quanto mimo! *sorriu divertida* Assim eu até acredito.
Thur: Mas é mesmo para acreditar *beijou a testa da mesma e depois ficou sério, a fitando* 
Lua: Porque me olha assim ?
Thur: Sobre ontem... *Lua corou antes mesmo dele começar a falar alguma coisa, ele sorriu e apertou o nariz dela* Não precisa ficar com vergonha, você foi perfeitamente perfeita *A loira abriu um sorriso tímido e ele continuou* É a primeira vez que eu faço sexo com amor, e te digo, foi o melhor! * sorriu malicioso* Mas eu quero saber de você... gostou? *preocupado* É que eu sei que foi sua primeira vez e... *coçou a cabeça sorrindo sem graça* quero saber se foi como imaginava, sabe? Porque eu sei que virgindade é algo importante para as mulheres, entendeu?
Lua: Thur*sorriu pelo modo sem-jeito dele e apertou o nariz do mesmo* Você também foi perfeito, foi melhor que um dia eu tinha imaginado *Arthur abriu um largo sorriso, selando os lábios com dela e a loira sorriu, um pouco constrangida em falar nisso, se sentia meio incomodada * Mas bom *falou, engolindo a saliva, mudando de assunto* Você tem horas?

Arthur assentiu e levantou o braço, levando o pulso até a altura do rosto e vendo no seu relógio.

Thur: Nossa .. já são 11:30!
Lua: 11:30 ? *falou, arregalando os olhos, se sentando* Meu Deus... estou MUITO atrasada!


A loira levantou enrolada no lençol e começou a catar suas roupas enquanto as colocava tentando fazer com Arthur não visse seu corpo, mesmo com a noite anterior ainda tinha vergonha de ficar nua na frente dele e de qualquer outro homem. Arthur ficou observando a loira se arrumar e depois começou a fazer o mesmo.

Lua terminou de se vestir e voltou o olhar para Arthur, viu o moreno acabando de abotoar o botão de sua blusa branca, com um semblante desanimado, parecia chateado. Ela entendeu o porque disso e suspirou, se explicando.

Lua: Desculpa estragar o clima, mas estou realmente atrasada *falou observando Arthur, que ficou calado, continuando a por a blusa* Meu pai vai almoçar comigo e com a mamãe para se despedir e ele já deve estar furioso por ainda não ter chego em casa *suspirou, amarrando os cabelos em um nó e continuou* Além de que meu voo é as...
Thur: Não quero saber do seu voo *cortou Lua, amargo e seco * E muito menos lembrar que amanhã você não estará mais aqui .

Lua tragou a saliva, não sabendo o que responder, então achou melhor não falar nada. Arthur negou com a cabeça, recolhendo suas coisas e colocando na mochila. Logo ele desceu da casinha da arvore e ajudou Lua, tudo no maior silencio possível. Saindo do matagal e chegando na calçada os dois se olharam e Lua tomou a iniciativa...

Lua: Então eu acho que já vou .
Thur: Sozinha?
Lua: Vou andando até o ponto de táxi aqui da esquina, de lá pego um e vou pra casa.
Thur: Quer que peça para meu pai te levar?
Lua: Era a mesma coisa que entregar a mentira que dormi na Melanie, né? *Thur afirmou com a cabeça lembrando e Lua sorriu, continuando a falar* Você vai no aeroporto?
Thur: Não *olhou pros lados, evitando de encara-la*
Lua: N-não? *gaguejou, decepcionada* Mas porque?
Thur olhou para baixo passando a linguá pelo lábio inferior, nervoso, como iria explicar isso para Lua? Pensou em varias desculpas para tentar não transparecer a fraqueza dele, mas ia falar a verdade, como tinha prometido, nunca mais mentiria pra Lua.

Thur: Porque eu sou um covarde *confessou, subindo o olhar para olha-la* Porque eu sei que não vou conseguir ver você entrar naquele avião, porque eu simplesmente... *parou de falar, sentindo um nó na garganta* Não posso, me desculpe, mas não posso.

Lua não falou nada, entendendo aquela dor. Odiava despedidas e até seria melhor se ele não fosse, porque sabia que de todos que ia se despedir, um dos mais difíceis, se não o mais, era ele. Ela concordou com a cabeça, sentindo uma tristeza imensa e disse em um sussurro...

Lua: Chegou a parte do adeus, então? 
Thur: Acho que sim.

Os dois se olharam e um pode ver dentro do olhar do outro a tristeza e a dor que tinha por trás. Ambos reprimiam as lagrimas, mas foi impossível segura-las quando os dois involuntariamente se abraçaram, sentindo o toque, a fragrância, a sensibilidade... e todos as mil e umas sensações que um proporcionava no outro. Sentiam como os ombros ficavam molhados, pelas lagrimas que escorriam sem parar, não tentavam mais segura-las, a única coisa que pensavam agora era o desejo que o mundo parasse naquele momento e que eles ficassem assim, mas nada é como queremos, e tiveram que se separar. Arthur limpou suas lagrimas e depois limpou as de Lua, deixando as mãos no rosto da mesma.
Thur: Você tem mesmo que ir? *perguntou, ainda com um fio de esperança, Lua não respondeu nada, assim ele continuou* Mesmo depois de ontem? 
Lua: Ontem foi o momento mais intenso da minha vida, mas nós sabíamos que hoje eu iria partir! *suspirou, se sentindo meio estranha com a situação* Para perder minha virgindade não poderia ser outro melhor do que você, que foi o meu primeiro e único amor!
Thur: Eu entendo, mas... *soltou o ar forte, atordoado* Não vai para Espanha, loira * desabafou, em um tom desesperado* Eu preciso de você comigo * se aproximou mais, encostando a testa de ambos* fica comigo, meu amor!

Lua: Thur. *sussurrou, sentindo a respiração falhar* Não me pede isso, por favor! Eu preciso ir para Espanha, me entenda.
Thur: Me peça para aceitar e não para entender *disse, desnorteado, se afastando* Eu te amo, custa ficar comigo? Eu sei que estou sendo egoísta, mais uma vez... mas é que pensar em viver longe de você, me assusta! 

Arthur falou ofegante, passando as mãos pelo cabelo. Lua sentiu mais lagrimas quererem sair de seu olhar ao escutar as palavras de 
Thur e ele continuou.
Thur: Eu faço qualquer coisa, é só você me dizer... qualquer coisa é valida pra ter você de volta *desesperado, sem saber mais o que fazer* Eu viro qualquer tipo de homem, eu mudo, juro que mudo por você. 
Lua: Mudar por mim? *sorriu, negando com a cabeça* Meu pensamento de amor é diferente que o seu e você não tem que mudar por mim e sim por você e pelo amor que você sente *suspirou, tragando a saliva* Por favor, 
Thur... eu preciso sair daqui, preciso conhecer gente nova...
Thur: Lua... *murmurou, inconsolável*
Lua: ...Eu preciso de alguém em quem posso confiar sem medo, alguém que acredite que fidelidade não é obrigação, mas sim, consequência natural do amor. Eu quero, também, amar sem receios ou desconfiança. Quero respeito e delicadeza nos momentos de tensão. Preciso ser ouvida, embora muitas vezes eu sei que sou difícil de ser entendida. Quero amar com amizade e cumplicidade *tragou a saliva e concluiu* Você não pode corresponder tudo isso, eu não consigo mais acreditar, foram tantas magoas, que nunca vou poder estar com você sem desconfiar de nada. Desculpa Thur, por mais que meu amor por você seja incondicional, o que eu preciso, você não pode me dar.

Arthur não disse mais nada, sabendo que qualquer palavra que pudesse ser dita ali não ia explicar o que sentia .

Sentiu-se impotente e fraco ao entender que as palavras de Lua de uma certa maneira estariam certa e que ele, talvez, nunca conseguiria ser aquilo que ela sempre quis e que ele nunca foi. Desceu o olhar para os lábios da mesma e os contornou com o dedo indicador. Voltou a olha-la nos olhos que o mirava confusa, sem saber o que ele realmente sentia. Arthur suspirou e encostou a testa na da mesma, soltando um suspiro, há coisas melhores para ser compreendida com toque e olhares do que com palavras. Em seguida, tomado pelo desejo, se aproximou mais dando por fim um beijo nela. Após o termino, Thur sussurrou `eu te amo` e foi correspondido por um `eu também` e logo por um `adeus`. Abriu os olhos e viu que Lua já estava virada, andando com passos rápidos até a esquina. 

Arthur sentiu vontade de correr atrás dela, e a levar a um lugar onde a mesma nunca poderia fugir dele, mas foi inútil, seus pés não conseguiam se mover do chão, sentia-se fraco e débil. Sabia, mesmo não querendo, que o melhor para loira era longe dele, e isso ele tinha que aceitar. Virou-se e foi indo até sua casa dando passos desmotivados, tinha que entender tudo isso, mesmo sabendo que Lua ia ser pra sempre seu único e grande amor


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