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8 de nov. de 2013

Little Star (Adaptada) Ultimo Capitulo

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- Foi bom te conhecer, Hope. Cuide bem deles – A menina disse, em um tom de voz quase inauditível – Eu tenho que ir – Falou, virando-se para a mãe –Tchau, mamãe.
A Lua do sonho não entendeu o que a filha quis dizer com isso, franzindo a testa quando Stella pulou para o chão e foi em direção a janela do hospital. Lua não se preocupava com a filha ficar perto da janela, porque sabia que ela não abria, por isso se surpreendeu quando Stella ficou em pé nela, atravessando o vidro. Com o máximo de cuidado que conseguia ter ao se levantar sem perturbar Hope, levantou-se apenas a tempo de ver Stella pulando pela janela e indo em direção ao céu.
Lua não entendia nada, mas viu quando a imagem da filha desapareceu e no lugar surgiu um ponto brilhante. Uma estrela. 
Com extrema confusão, ela acordou. Fora um sonho estranho, pensou, parecia tão real. De algum modo perturbador, entretanto, fora um sonho bom. Lua observou que Thur dormia no sofá do quarto e Hope estava quieta dentro do berço, provavelmente dormindo também. Querendo ver como a filha estava, levantou-se e, insitivamente, olhou para a janela do quarto. A estrela estava lá. A estrela de Stella.
Provavelmente já estava ali há milénios, pensou, mas depois desse sonho só conseguiria pensar assim. Fazia sentido que Stella tivesse virado uma estrela. Ela sempre fora uma para Lu . Assim ela poderia vigiar a todos do céu, uma estrela poderia guiar Lu nos momentos difíceis. 
Lua sorriu. Sua pequena estrela estaria sempre ali para ela. 
Assim como sua esperança, pensou, olhando para a filha mais nova, que havia se mexido do berço. Lua pegou-a no colo, tentando adormecê-la de novo, com medo que seu choro acordasse Thur . 
Ela e Thur teriam seu final feliz, depois de tudo. Eles mereciam aquilo. 

Dezembro, 2011
Lua carregava Hope de um lado para o outro da sala, tentando fazê-la parar de chorar. Era noite de natal e, por mais que amasse a filha, queria um pouco de descanso. A mãe de Thur , que viera com o marido passar o natal na casa do filho, arrumava a mesa, deixando Lu apenas cuidando de Hope.
Com apenas dois meses, ela ainda era muito pequena para entender e aproveitar o dia. Lua imaginava que no ano seguinte ela já estaria super animada. Lu mal podia esperar. Tudo sobre Hope fazia o coração de Lua borbulhar. Era tudo maravilhoso.
Às vezes, Lu ficava com medo de como seria quando ela crescesse. Como ela conseguiria dizer não para a filha? Não sabia se encontraria forças suficientes. Mas não queria se preocupar com isso agora, queria apenas aproveitar enquanto Hope era apenas um bebê.
Ela estava tentando aproveitar todos os momentos da filha. É claro que não tinha acontecido muita coisa ainda, mas aconteceria. Lua frequentemente via Noah andando pela casa e imaginava em quanto tempo a filha estaria fazendo o mesmo.
Lembrou-se de que devia ligar para Catherine daqui a pouco. Ela pretendia passar o natal com a irmã, mas Cath tinha saído da cidade com Noah e Micael , indo passar o feriado com a família do marido. Daqui alguns anos, eles poderiam passar todos juntos, quando Noah e Hope já fossem maiores e esperassem ansiosamente pelo Papai Noel. 
Eles ainda teriam muitos natais para passar juntos.
Lua ainda pensava no futuro quando Hope finalmente parou de chorar, adormecendo. Lu quase começou a rir de alegria, só se controlou por medo de acordá-la novamente. Reparando que o carrinho de Hope estava desmontado e com preguiça de subir até o outro andar para deixá-la no berço, Lu ficou apenas passeando pelo primeiro andar com a filha no colo.
Encoutrou-se muito entretida vendo uma fotografia da filha, que estava colocada em cima da lareira da sala. A foto havia sido tirada um pouco mais de uma semana antes e Hope parecia maravilhosamente feliz nela. Bem ao lado, estava um retrato de Stella, em seu último aniversário. Lua sorriu ao ver as fotografias das filhas uma ao lado da outra.

Ela tinha muita sorte de ter Hope. E tinha tido muita sorte de ter tido Stella.
Ela olhou para a filha, que agora dormia quase profundamente e passou a mão por seu ralo cabelo. Lu amava a filha mais do que tudo. Não imaginava que conseguiria voltar a ser realmente feliz, não de verdade, mas sabia que enganara. Ela estava muito feliz. 
Ela seria mais feliz se Stella estivesse ali? É claro que sim. Entretanto, não poderia mais ficar triste. Não quando tinha Hope ali. 
Não quando tinha Thur ali, completou, enquanto observava o marido ajudando a mãe a levar a comida para a mesa.
Ela realmente tinha conseguido seu final feliz, não tinha?
Outubro, 2017
Lua arrumava a casa paranoicamente, enquanto verificava se tudo estava no lugar certo. Sabia que assim que as crianças chegassem tudo estaria desorganizado em menos de um minuto, mas não se importava. Não comemoravam o aniversário de Hope em casa desde seu primeiro ano, desde então vinham comemorando em casas de festas apenas, onde ela não precisa se preocupar tanto.
- O que você está fazendo, mãe? – Hope perguntou, observando a mãe distribuir os copos de forma ordenada na mesa
Hope, que estava completando seis anos naquele dia, usava um vestido azul e um arco de mesma cor no cabelo. Estava muito feliz que o cabelo tinha crescido o suficiente até seu aniversário e agora batia um pouco a cima dos ombros, já que sua mãe a obrigara a cortá-los na altura da orelha alguns meses antes. 
- Estou arrumando suas coisas, para tudo ficar bonitinho. E estou tendo que fazer tudo sozinha, já que você, senhorita, não está ajudando em nada – Lua reclamou, se afastando da mesa e sentando-se no sofá, sendo seguida pela filha.
- Quando as pessoas vão chegar? – A menina perguntou, começando a ficar meio inquieta – Será que meus amigos do colégio vêm, mãe?
E imagina se os pais iriam perder a oportunidade de passar na casa de Thur Aguiar ! Lua pensou, por um momento. É claro que o McFly já não fazia o mesmo sucesso de antigamente, já fazia algum tempo que não lançavam nenhum álbum, mas ainda tinham um número considerável de fãs e estavam planejando lançar um novo álbum no ano seguinte. Hope, obviamente, não entenderia isso, tampouco seus amigos, que viriam somente pela festa mesmo. 
- É claro que vêm, querida. Já devem estar chegando, aliás, vá lá em cima chamar seu pai. Quero que ele esteja aqui para falar com os convidados – Ela pediu e Hope saiu correndo, subindo as escadas em direção ao quarto dos pais. 
Lua sorriu enquanto via a garota apressada correndo pela casa. Sua filha estava completando seis anos, estava crescendo tão rápido! Alguns anos antes, ela pensara que nunca fosse poder ver esse dia chegar.
Quase involuntariamente, Lu se viu olhando para o lado, encarando os porta-retratos que ficavam em cima da lareira da sala. Tinham três, o do meio era uma foto de Lua e Thur na lua-de-mel, que antes ficava no quarto deles, no lado esquerdo tinha uma foto dos dois com Hope, tirada quase um ano antes, em uma viagem. Na foto da direita, a que ela encarava, tinha uma foto com Stella, tirada alguns meses antes de sua morte.
Às vezes, as pessoas que visitavam a casa achavam estranho que tivessem fotos da menina pela casa, mas Lu achava normal. Stella fora uma parte de sua vida, uma parte muito importante, e ela sempre amaria e se lembraria da filha, não tinha motivos de deixar as fotos guardadas e esquecidas dentro de um armário ou pior, jogá-las fora. 
Quanto a Hope, ela não falava muito de Stella. É claro que a medida que foi crescendo, começou a perguntar sobre a menina das fotos, como já era esperado, mas Lua lhe explicou que era sua irmã que morava no céu agora e a menina não questionava isso. Ela, algumas vezes perguntava da irmã, como ela faria isso ou como ela era, mas parava quando percebia que o assunto deixava os pais um pouco tristes.
Hope e Stella não eram nem um pouco iguais. Não que fossem opostas, mas eram diferentes como pessoas são diferentes uma das outras. Enquanto Stella sempre gostara de ficar acordada até tarde e era sempre uma briga para colocá-la para dormir, Hope ia para a cama cedo, sem que ninguém a mandasse. As duas eram muito ativas, mas Hope se acostumara muito mais a brincar dentro de casa com seus brinquedos, já que Lua se tornara um pouco superprotetora – Não muito, mas depois de perder uma filha, ela não queria correr esse risco novamente de jeito nenhum – e também de ver televisão e mexer nos aparelhos tecnológicos que tinha, como uma verdadeira criança do século XXI. 
As duas adoravam música, isso era inegável! Hope fazia aula de ballet e começava a dizer para a mãe que queria aprender a tocar piano. Ela não gostava muito de ir para a escola, mas sempre voltava rindo e contando as histórias do que tinha acontecido em sua turma naquele dia. Já estava começando a aprender a ler! Lu não sabia como Stella seria com essa idade, não tivera oportunidade de ver, mas gostava de imaginar.
Quando Hope era pequena, às vezes fazia algo que lembrava muito Stella, deixando Lu paralizada por alguns segundos, mas logo a mãe voltava ao normal. Na maior parte das vezes, as duas agiam de modos diferentes, era inevitável, porém, que alguma coisa se repetisse. 
- No que está pensando? – Thur perguntou, despertando a atenção da esposa.
Lua nem tinha visto que o marido e a filha já tinham descido, ficara totalmente envolvida em seus próprios pensamentos. Ela deu de ombros e sorriu, levantando-se e dando um selinho no marido.
Como se tivesse previsto, a campainha tocou em seguida e Lu correu para atender, sendo seguida por Hope que acabara chegando mais rápido à porta que a mãe.

Já de noite, a família estava espalhada pela sala de estar. A família incluia todo o McFly e seus parentes. E era assim que eles se sentiam mesmo, uma verdadeira família.
Hope estava sentada no chão, perto do sofá onde a mãe estava sentada. Ela brincava com alguns brinquedos que tinha ganhado, junto com Charlotte, a filha de quatro anos de Raffael e Jenny, e com a prima de três anos, Aubrey, filha de Catherine e Micael . Oliver e Noah , de oito e sete anos, respectivamente, corriam pela casa, se recusando a brincar com as meninas. 
No sofá, Elle, que já estava com treze anos, segurava e brincava com Seth, o irmãozinho de seis meses de Charlotte. Ao seu lado, Jenny, de olho do filho para caso ele começasse a chorar, conversava animadamente com Lu , que observava todas as crianças, tomando cuidado para ver se nenhuma delas quebrava alguma coisa ou se machucava. Catherine estava mais próxima da mesa conversando com o marido e com Raffael . Chay ia na cozinha, enquanto tentava convencer Sophia a parar de ficar correndo atrás de Oliver e deixasse o garoto se divertir.
Thur , que tinha saído para colocar os pais em um táxi, voltou e encontrou essa cena. Ele sorriu, um pouco emocionado com a cena. 
- Pai! – Hope gritou feliz, levantando-se para abraçá-lo – O vovô e a vovó já foram embora? – Ela falou com uma cara tristonha – Pensei que eles fossem ficar mais.
Quando o pai confirmou, ela murmurou um “aaah”, mas logo em seguida deu de ombros e voltou a brincar com as meninas. Ao vê-lo entrar em casa, Lua sorriu para o marido, que se aproximou dela, ficando em pé, atrás dela no sofá. Lu colocou sua mão para trás, segurando a mão de Thur .
Ela sempre quis ter uma família. Agora ela tinha. Uma enorme e maravilhosa família.
Lá fora, o céu estava cheio de estrelas, como raramente se via em Londres. Uma certa pequenina estrela parecia brilhar ainda mais para Lu . 
Já não chovia mais.

Fim!

Créditos: Flavia C
Adaptação: Juuh Aguiar

2 comentários :

  1. Perfeitooo! Ameiii, vou sentir saudades desse imagine. aah pq tinha q acabar?
    Stella sempre estará brilhando no céu a observar todos.

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  2. Perfeitooooo.... Me fez chorar como nem uma outra web me fez chorar antes.... Queria sempre mais... A Lua tinha que ter um final feliz depois de tudo que ela sofreu (@ynara_rebelde)

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