OV LUA
O meu coraçao está mais apertado que nunca. juro que nunca me senti assim. Sei lá, parece um medo, um receio… eu nem sei do que se trata.
Deitei, dormi e acordei sempre pensando no Arthur e na conversa que vamos ter hoje. Sinceramente estou com medo. Depois de estar com o Diego ontem, pus-me a pensar e imaginar em como seria o Arthur tentando algo comigo, mesmo eu não querendo. Mas acho que ele não era capaz de fazer isso, espero eu que não.
Acho que o Arthur não é desse tipo de homens, mas eu prefiro ter o pé atrás para que a desilusão seja menor.
Estrela (Irmã): você tá muito caladinha, estou até estranhando.
Lua: nem to… - cruzei os braços e continuei olhando para a tv
Estrela: é o Arthur?
Lua: não…
Estrela: a mãe falou que era
Lua: aff, vocês são muito chatos! Poxa, não têm uma vida também?
Estrela: pelos vistos toquei mesmo na ferida… - ela pegou a minha mao – Quer desabafar?
Lua: não… - eu suspirei – Já desabafei o suficiente com o Diego ontem.
Estrela: você foi com ele né? Como foi?
Lua: muito bom – sorri – Ele é muito gente boa. Me animou o tempo todo e não parou de me encher de comida. Passamos o dia na piscina, conversando e rindo com tudo o que ele dizia.
Estrela: começo a achar que o Diego seria um bom garoto para você. O Arthur é mais velho que você…
Lua: e dai? O Diego também é! – defendi – Eu tenho 20, o Arthur tem 23 e o Diego tem 25!
Estrela ri: jura? Ele tem isso tudo? Nem parece! – ela riu de novo – Ele é bem bonito, super simpático e até parece ter queda por você!
Lua: queda é o que você vai ganhar – tentei lhe empurrar do sofá – Se não parar com essa conversa!
Estrela ri: tá, tá, eu paro! – ela parou, porém ainda rindo – Não me meto mais!
Lua: acho bom! – suspirei de novo – A minha é minha porra!
Estrela: o que eu acho é que esse namoro não te está fazendo nada bem. Você não sorri mais, não me dá mais abraços…
Lua: aff, Estrela vai lá com o teu namoradinho perfeito e me deixa em paz!
Pedi que ela fosse embora mas na verdade quem foi embora fui eu! Estava farta de ouvir e ver ela me encher o saco. Parece que ela já não tem uma vida suficientemente complicada para revolver. Parece que para além da dela, tem de resolver a vida também. Quando eu precisar de ajuda, eu falo, não preciso que ninguém se envolva!
A conversa com o Arthur era suposto ser na minha casa, mas como todos os meus irmãos estão em casa, resolvi sair mais cedo de lá e ir até à casa do Arthur.
Queria resolver essa historia o mais rápido possível.
Quando cheguei, vi que o carro da dona Katia não estava, o que facilitava a situação. Sai do carro, respirei pela milésima vez bem fundo e fui até ao quintal deles. Toquei à porta e esperei alguém abrir.
Felizmente foi rápido, pois parecia que ele estava passando lá perto da porta mesmo.
Arthur abre a porta, apenas de bermuda vestida e bebendo suco! Tá… confesso que foi difícil me controlar, porque ainda por cima ele tinha o rosto todo amassado de sono e aquele cabelo despenteado… Grrrrr!
Arthur: Lua? – ele quase se engasgou – Me atrasei? – ele ficou todo atrapalhado – A conversa não era na sua casa?
Lua: era do verbo não é mais… - eu entrei em casa dele sem lhe olhar, para não cometer uma besteira
Arthur: bom dia né? – ele ficou me olhando, fazendo bico, ainda na porta.
Lua: Arthur, o assunto é serio!
Arthur: pois…
Ele fechou a porta e fomos os dois para a sala. Eu fiquei no sofá pequeno e ele ficou no sofá maior, virado para mim.
Lua: tá assim tanto calor? – apontei para o seu tanquinho despido
Arthur: sempre ando assim em casa
Lua: to vendo… - olhei, mas desviei o olhar daquele corpaço – A conversa vai ser seria.
Arthur: isso você já disse
Lua: mas é que sinceramente não sei por onde começar.
Arthur: eu começo então. Primeiro que tu, quer saber qual foi o motivo da sua irritação comigo
Lua: você ainda pergunta?
Arthur: logico, você não me explicou!
Lua: precisa de desenho é? – encarei ele – Arthur, você falou praticamente que eu não te amava e que você não acreditava no meu amor por você sem antes eu provar. Você disse que eu só provaria se fosse com você para a cama!
Arthur: mentira! – ele se levantou e falou alto – Desde quando eu falei uma coisa dessas para você? – ele estava bravo – Você pensa que eu sou o que? – ele me encarava – Sim, estou desejando que esse momento chegue, mas eu não falei porra nenhuma dessa!
Lua: você falou que tínhamos de ir morar juntos, que tínhamos de dar um passo na relação e que so assim eu te provaria que te amava! – falei alto também – Quer dizer que você nunca acreditou nas coisas que eu te dizia né?
Arthur: claro que acredito… simplesmente acho que um passo na relação não fazia mal a ninguém
Lua: qual é a parte do “deixa das coisas acontecerem” que você não entende?
Arthur: tá, eu sei… desculpa! – ele sentou no sofá – Mas poxa, você vai falar que não tem vontade?
Lua: com você desse jeito? – o encarei de novo – Não, não tenho vontade nenhuma! Eu quero um cara que respeite os passos que damos na relação. Quero um cara que me ame e que principalmente não desconfie de mim.
Arthur: eu te amo e não desconfio e você…
Lua: não? – eu ri irónica – Você falou que…
Arthur interrompe: eu sei muito bem o que eu falei tá? Mas acredita em mim… eu te amo – ele pegou a minha mão e eu sentei no sofá
Lua: você até pode me amar… mas me respeitar e confiar eu não acredito que você consiga.
Arthur: então você realmente não me conhece… - ele largou a minha mão
Lua: você não é o homem certo para mim
Arthur: você tá tao enganada Lua! – ele baixou a cabeça, fazendo sinal negativo – Quer dizer o que então? Que você veio aqui terminar comigo?
Lua: não sei se é terminar… porque estou clara que te amo, apesar de você não acreditar né? – encarei ele – Mas realmente não dá! Você praticamente me forçou a que eu fosse morar com você mas eu não sedo a esse tipo de pedidos
Arthur: é você quem sabe! – ele disse decidido
Lua: eu acho melhor agente dar um tempo
Arthur: que seja… mas uma coisa eu te garanto – ele me olhou bem nos olhos – Eu vou seguir com a minha vida em frente!
Lua: pois eu vou fazer o mesmo!
Nos encaramos mesmo. O ambiente ficou pesado e bem serio. agente se encarou tanto, que nos aproximamos e eu estava prestes a beija-lo. Porém, ele desviou!
Arthur: a saída é ali! – ele apontou para a porta
Doeu muito ouvir aquilo, daquele jeito, da boca dele, mas eu tenho de encarar a realidade. Seja ela como for.
Gente se vcs verem agente no meio lembrem que a escritora não é brasileira.
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