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15 de out. de 2013

Little Star (Adaptada) Capitulo Onze; Parte Quatro!

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Capítulo Onze p.4

Seja por causa da bebida ou porque era o seu desejo, por um momento ela achou que estava com Thur novamente. Pensou que tivessem voltado uns oito anos atrás e eles fossem namorados, dançando em uma boate. Esqueceu-se de tudo o que tinha acontecido. Foram alguns segundos preciosos em que sua mente voltara no tempo, mas assim que ela voltou para 2008, se deu conta do que estava fazendo e se afastou de Thur.
Tentou disfarçar o que tinha acontecido rindo. Puxou Thur pela mão, de volta à mesa em que estavam sentados antes. Ela se jogou na cadeira, chegando à conclusão de que estava mesmo ficando velha e não aguentava mais essas festas. Se ela estava assim aos trinta e um, não queria nem imaginar como estaria quando chegasse aos cinquenta.
- Acho que vou indo, Arthur. – Ela falou, colocando a mão no ombro de Thur. – Estou ficando cansada.
- Como você vai voltar para casa?
- Acho que vou pegar um táxi. – A mulher deu de ombros, se levantando.
- Ah não, já está de madrugada, vai ser difícil encontrar um táxi a essa hora. Deixa que eu te leve lá.
- Se você não se importar, seria ótimo. – Ela sorriu.

Eles procuraram Raffael para se despedir, mas não o encontraram, ele provavelmente já tinha saído com Andie, Amy, ou seja lá o nome dela. Como não conheciam mais ninguém que estava ali o suficiente para se despedir, foram embora direto. Thur tinha estacionado perto dali e logo já estavam no carro indo na direção do apartamento de Lu.
Thur ligou o rádio do carro e começou a tocar uma música aleatória, não estava tocando há nem dez segundos quando Thur fez menção de mudar de rádio.
- Não troque, eu adoro essa música! – Ela falou e Thur bufou, mas não mudou de estação – Engraçado, faz muito tempo que não a escuto.
Por um momento ela deu um risinho, então se tocou de quando tinha ouvido pela última vez. Lua colocara essa música para tocar enquanto tomava banho no dia em que Stella morrera. Por causa da música ela não escutara o telefone tocar. Por um milisegundo seu coração pareceu ter parado e ela quase desligou a rádio, mas não fez nada disso, apenas respirou fundo e continuou ouvindo a música, enquanto tentava se acalmar. 
Não sabia como tinha conseguido passar tanto tempo sem ter escutado a canção e agradecia por isso, pois agora já tinha autocontrole o suficiente para escutar sem grandes problemas.
- Você está bem? – Thur perguntou, olhando-a de soslaio.

Ela apenas assentiu, sem querer contar para ele. Nunca contara para Thur porque não atendera o telefone logo naquele dia – na verdade, ele nunca tinha a questionado ou parado para pensar, tinham problemas maiores –, seria estranho falar agora. Lua rapidamente lembrou-se de seus planos para aquele dia. Tudo teria sido tão perfeito.
Suspirou, pensando em como sua vida seria agora se Stella não tivesse morrido. A menina estaria com quase seis anos – faria dentro de algumas semanas – e talvez tivesse sido daminha de honra do casamento. Ela poderia estar com um segundo filho, de mais ou menos dois anos, e ainda estaria com Thur. 
Pensou em Sophia e Chay, em como eles se divertiam dançando na festa, com sua pequena filha nos braços e o futuro bebê no ventre de Sophia. Ela sentia falta disso. Sentia falta daquele sentimento de família. Sentia falta de Thur.
É claro que ele estava bem ao seu lado. Eles eram amigos, se viam quase toda semana, conversavam sempre e, é claro, ela não sentia mais falta da amizade dele, ainda bem, mas sentia falta da outra parte do relacionamento que tinham, sentia falta do amor, da paixão, do sexo, das palavras trocadas antes de dormir, de acordar com ele ao seu lado, esperá-lo para jantar, dos “eu te amo”, das ligações diárias durante as turnês.
- É aqui? – Ele perguntou, despertando-a de seu devaneio.

Lua olhou para o lado, percebendo que Thur já tinha estacionado em frente ao seu prédio. Ela assentiu, sem coragem de falar, pois sabia que se abrisse a boca, corria o risco de despejar todos seus pensamentos.
- Você está bem, Lu? Você está estranha desde que entramos no carro. – Arthur falou, estranhando o comportamento de Lua.
- Eu estou, eu só... – Ela não respondeu, apenas suspirou de novo.
Lu não sabia o que dizer, apenas olhou para Thur, fixando-se em seus olhos, quase como pudesse ver sua alma. Naquele momento, ela tinha toda certeza que todo amor que tinha tido por Thur ainda estava lá, não tinha diminuído com os anos, talvez tivesse até mesmo aumentado. E mais do que isso, ao se lembrar do dia da morte de Stella, ela pela primeira vez não pensou em Thur e na ligação disso. Ela não pensou em culpar Thur simplesmente porque tinha o livrado da culpa. Não sabia há quanto tempo já tinha parado de atribuir a culpa ao marido, talvez já fizesse alguns meses e ela apenas nunca tivesse parado para pensar nisso. 
Maravilhada com isso, abraçou Thur sem nem pensar no que estava fazendo. Era estranho, mas ela finalmente sentia que tinha aceitado, aceitado tudo. Aceitado a morte, o destino, a saudade, o amor. E esse sentimento de aceitação a deixou desnorteada.

- Você o que? – Ele perguntou curioso.
- Eu sinto a sua falta. – Ela respondeu, como se fosse óbvio.
Thur, é claro, não entendeu o significado daquilo. O significado para ele era outro, era um muito mais simples: Lua sentia falta dele. Ele não podia se sentir mais feliz com aquela declaração, pois há muito tempo sentia saudade de Lu. Não tinha tido aquela mesma percepção de Lua, pois ele sabia que sentia falta dela desde o momento em que a perdera, há tantos anos atrás.
Thur a abraçou de volta. Quando ela se afastou, ele colocou uma mecha de seu cabelo para trás e apenas sorriu para Lu, sem precisar dizer mais nada. Ela se aproximou dele, tocando seus lábios.
E nesse momento, o mundo explodiu em chamas. A sensação, aquela primeira sensação que haviam experimentado há quase quinze anos, ainda estava lá. Parecia que só havia eles no mundo. Thur abriu a boca, deixando que suas línguas se tocassem e a imprensou contra a porta do carro, indo quase para cima dela. Eles se beijavam ferozmente, como se suas vidas fossem acabar em alguns minutos e eles precisassem sentir o sabor um do outro por uma última vez. 
Quando o carro começou a ficar pequeno demais, Thur tirou a chave da ignição e os dois se separaram por alguns minutos, apenas o suficiente para andarem até o prédio de Lu e subirem o elevador, pois antes mesmo de conseguirem abrir a porta do elevador, já começavam a se despir.
Já estavam completamente nus ao chegarem na cama, onde passaram as horas seguintes apenas apreciando um ao outro completamente, tentando recuperar o tempo perdido.
Ali, eles fizeram a própria lua-de-mel. Uma segunda lua-de-mel... Estavam mesmo precisando.

Autora:Flavia C
Adaptação: Juuh Aguiar

Um comentário :

  1. Ai meu deus q lindoo! LuAr de volta, finalmente, ja estava demorando.

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